Sempre a aprender sobre a alimentação vegetariana ;)





1)      A proteína

Existe uma ideia de que apenas encontramos a proteína que precisamos nos alimentos de origem animal. 
No reino vegetal são inúmeros os alimentos ricos em proteína, além do famoso seitan, tempeh ou tofu, temos os legumes, as leguminosas, alguns cereais, frutos secos e sementes, entre outros.

A proteína animal é mais rica em gordura do que a de origem vegetal, o que leva a uma maior inflamação do organismo e ao consequente enfraquecimento do sistema imunitário, ficando o corpo mais susceptível a doenças, e tendo uma recuperação mais lenta.

O fundamental ao longo do dia, numa alimentação vegetariana, é combinar alimentos ricos em aminoácidos essenciais (que formam a proteína), para não existirem carências a nível celular. E isto funciona não só para as proteínas mas para todas as vitaminas e minerais. 






2)      O leite

Desde pequenos que somos quase “obrigados” a consumir leite de vaca, pois fomos ensinados que era um alimento completo.

Estudos recentes associam o consumo de leite ao aumento do cancro da mama. O que não é de estranhar pois o leite tem presente (naturalmente/injectado) mais de 38 hormonas de crescimento, que servem essencialmente para transformar um bezerro de alguns quilos, numa vaca grande, no mínimo tempo possível.

A proteína do leite está ainda associada ao aumento do caso de diabetes em crianças, a reacções alérgicas, perturbações gastrointestinais, e inclusive, endometriose. Alguns estudos também sugerem que um tipo de caseína (produzido por um grupo determinado de vacas), poderá estar relacionado com esquizofrenia.

O mito mais comum para a ingestão de leite é o cálcio, mas na realidade existem alimentos bem mais ricos em cálcio do que o leite e com uma melhor absorção. 







3)      A religião ou espiritualidade

Muitas pessoas acreditam que uma alimentação vegetariana está relacionada com uma filosofia de vida, religião, ou um determinado tipo de espiritualidade.
Na Índia, a pratica do vegetarianismo está enraizada na sua cultura, e por cá, muitos praticantes de Yoga são vegetarianos.

Aqui, cada um decide por si. Muitas pessoas mudam por questões ligadas à saúde. Outras, porque se enquadra na sua filosofia de vida ou ética pessoal. Outras quando mudaram passaram a enquadrar todos estes aspectos no seu dia a dia. O mais importante é fazer escolhas saudáveis respeitando sempre os outros e as suas decisões. 

Em ultima analise o objectivo é estarmos felizes e em consciência com as nossas escolhas pessoais.







4)      Alimentação vegetariana mais saudável

Ser-se vegetariano não significa que se façam as melhores escolhas alimentares, ou as mais saudáveis. Na maioria das vezes a transição é complicada para algumas pessoas, que ao deixarem de comer alimentos de origem animal, passam a ingerir mais hidratos de carbono.

Outra questão fundamental é o palato. O sabor das coisas. Também aqui se cometem demasiados erros, consumindo-se mais gorduras do que se precisa, molhos e condimentos. A verdade é que o palato precisará de treino, para que o cérebro deixe de achar aquele alimento “sem sabor”, pois desde sempre que a maioria de nós consome excessivamente sal, açúcar e gorduras.

Ao final de algum tempo, e com vontade, já se conseguem cozinhar pratos fantásticos, cheios de sabor, o real sabor dos alimentos, e numa fase mais avançada até já se aprende a gostar dos alimentos parcialmente ou totalmente crus (crudívorismo).







5)      Alimentação vegetariana mais cara

Talvez aqui eu defina um meio termo.

Ao alimentarmos-nos exclusivamente de vegetais, legumes e fruta, o valor médio das nossas refeições desce. Quando queremos introduzir outro tipo de alimentos que habitualmente não consumimos, aí podemos encontrar valores acima da média. 
Também alguns alimentos de origem biológica podem sair um pouco mais caros.

O conselho que vos dou é introduzirem alguns alimentos gradualmente, à medida que gastam o que têm na dispensa e no frigorífico. 
Um dos segredos é a variedade dos alimentos que consomem. Não se fiquem pelo arroz ou massa tradicional. Couscous, bulgur, millet, trigo sarraceno, lentilhas, quinoa, massa de arroz, de milho, de espelta, arroz integral ou basmati, hoje as opções são infinitas. Ao encher aos poucos a dispensa, vai gastando menos dinheiro a cada mês.

Outro dos segredos é fazerem o máximo de refeições em casa (seja para comer em casa ou para levar na “marmita”). 
Iogurtes, queijos, pão, vários tipos de refeições são simples de confeccionar, duram vários dias e a poupança é enorme. Planifiquem a semana de acordo com os alimentos que têm. 






6)      Alimentação vegetariana sustentável e amiga do planeta

Poderia falar sobre a poluição causada pelo consumo de alimentos de origem animal. Mas se assim o entenderem, sugiro-vos que vejam o Cowspiracy, um documentário que fala sobre este assunto.

A alimentação vegetariana é na sua plenitude mais sustentável e amiga do planeta. 
Mas não nos devemos esquecer que a variedade é fundamental para que assim seja. 

O objectivo fulcral é consumir alimentos produzidos no nosso país, de preferência na nossa área geográfica e da época.

A produção intensiva e não biológica leva muitas vezes ao trafico de alimentos, como exemplo,  recentemente saíram noticias sobre o trafico de abacate no México. Também o óleo de palma é responsável pela desflorestação e abate de muitos animais.

A informação é fundamental para que possamos fazer escolhas mais sustentadas. 
Privilegiando o biológico estamos a privilegiar a nossa saúde e a saúde do nosso planeta.





Vemo-nos em breve 😉😉

Beijinhos
Leónia Porto

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