Várias definições... sem confusões! :)


Quem é vegan ou vegetariano e nunca ouviu perguntas como… “nem atum?” ponha o dedo no ar!!
De certeza que serão muito poucos!
😃
Pois na verdade as pessoas fizeram uma grande confusão ao usarem uma série de termos/definições que acabam por ligar um tipo de alimentação ao vegetarianismo. 

É muito usual encontrarmos na ementa de vários restaurantes pratos como:
·         Salada vegetariana: alface, tomate, cebola, pepino, massa e ATUM ou CAMARÃO
·         Crepes de legumes com natas (produzidas a partir de LEITE DE VACA)
·         Pizza vegetariana (com QUEIJO)

Então hoje deixo-vos algumas definições relativas a vários tipos de alimentação.




Veganismo:

Este termo não é tanto um conceito alimentar (mas que está subentendido) mas sim uma filosofia de vida. Pessoas vegan além de não comerem nada de origem animal (carne, peixe e seus derivados), também fazem os possíveis por não usar nada que provenha do sofrimento e exploração animal, nomeadamente couro, tão usado em sapatos, cintos e outros artigos de vestuário. Infelizmente produtos de origem animal são usados em demasiadas coisas do nosso quotidiano e que nem sequer sabemos, como por exemplo:
·         Baunilha – o castóreo é extraído basicamente de umas glândulas anais do castor
·         Corante E120 – carmim – é obtido através do esmagamento de milhares de cochonilhas (insecto)
·         Pneus, amaciadores de roupa, shampoo e amaciador de cabelo têm frequentemente produtos de origem animal
·         Açúcar branco – até há algum tempo, o branqueamento era feito a partir das cinzas dos ossos dos animais






Vegetariano restrito:

Uma pessoa que siga este tipo de alimentação não inclui nada de origem animal no seu cardápio. Carne, peixe (e sim, atum e gambas são animais), caracóis, lesmas, pássaros, barbatanas de tubarão… etc etc etc… bem como leite, e seus derivados, ovos e mel. Podem pensar “mas as galinhas põem ovos naturalmente” ou “as abelhas produzem o mel de forma natural”… a realidade é ligeiramente diferente, as galinhas põem poucos ovos por ano apenas para procriação, e as abelhas muitas vezes são capturadas por apicultores num outro local para serem colocadas naquelas caixas que vocês vêm e que parecem muito naturais, mas a verdade é que as abelhas têm uma vida muito complexa, como fiquei a saber há uns tempos.







OvoLactoVegetarianismo:

Quem segue este regime alimentar, exclui apenas da sua alimentação carne e peixe. Inclui ovos, leite e derivados, pois consideram ser a parte mais difícil de retirar da alimentação. No caso dos ovos proponho que vejam um vídeo que partilhei na página do blog. No caso do queijo, o coalho é produzido a partir de uma enzima retirada do estômago dos bezerros e no leite podem se encontrar partículas de acido salicílico, formol e antibióticos para controlo de bactérias nocivas e para conservação do mesmo.
Ainda dentro deste regime encontramos pessoas OvoVegetarianas (incluem apenas ovos) e LactoVegetarianas (incluem apenas leite e seus derivados).





                                                
                                                                       Crudívorismo:

Ainda dentro do vegetarianismo encontramos esta vertente alimentar. Inúmeros estudos apontam para o consumo de alimentos crus de forma a manter todas as vitaminas e nutrientes essenciais ao organismo. Quando cozinhados, nunca ultrapassam os 40 graus, mantendo as moléculas intactas. Neste caso é muito importante dar preferência aos alimentos de origem biológica. Na realidade não é assim tão difícil, visto comermos já naturalmente imensas frutas e vegetais crus.






Frugívorismo:

Este é um regime que exclui todos os produtos de origem animal dando preferência a frutas, grãos e sementes.







Piscitarianismo:

Aqui é que geralmente surge a confusão, pois quem segue esta alternativa alimentar, exclui carne mas inclui peixe e frutos do mar, e muitas vezes ovos e lacticínios. É importante referir que actualmente o peixe está extremamente alterado. Hoje em dia o peixe que está no supermercado vem de produção intensiva em aquacultura, onde são alimentados com ração e antibióticos de forma a controlar as bactérias e a rapidez de crescimento. Este é o peixe mais vendido devido ao seu baixo custo. Peixe que vem do mar custa habitualmente 4 a 5 vezes mais e não significa que esteja mais saudável. Além de que a pesca intensiva está acabar com milhares de outras espécies que morrem nas redes de arrasto (inclui tartarugas, golfinhos, etc).






Reducitarionismo:

Muitas pessoas optam por não excluir nada de origem animal da sua alimentação mas têm consciência que devem reduzir o seu consumo em prol da sua saúde. Este modelo alimentar está agora muito em voga, existem inúmeras “dietas” com esta base. Também é uma forma de transição para pessoas que se querem tornar vegetarianas, e assim, ajustam a sua rotina alimentar de forma a consumirem peixe, carne e seus derivados em alguns dias da semana, excluindo-os noutros.




Espero que tenha sido útil e que pensem primeiro na vossa saúde e só depois no vosso palato.
Vemo-nos em breve!!
😘😘
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