Crónicas de um confinamento - I
Mestria I
A arte de ser Cesar Millan, o encantador de cães
De repente uma das minhas cadelas passava horas na varanda a ladrar para a rua como que a dizer “Ei, quem és tu?? Esta rua é minha! Baza daí antes que eu te apanhe quando for aí abaixo”. Ou "Deixa-te estar, que vais ver quando eu descer daqui!" A fera 🐶
No meu prédio começaram a aparecer mais
cães, acho que um por cada elemento do agregado familiar. 😂 Iam passear os cães de manhã,
á tarde e á noite, já os animais estavam exaustos de tanto passeio, mas era vê
los a arrastarem os seus “amigos” de quatro patas pela rua a fora. Ai mas é que vais passear mesmo!!
O que é que aconteceu?
Todas as vezes que saía com as minhas cadelas era uma aventura. 😄
Primeiro cheiravam todos os pit stops caninos da rua. De três em três passos lá estávamos nós a parar para se deliciarem com odores urinários caninos. Quando o odor não era do agrado, “toma lá, vou fazê-lo mesmo em cima do teu que é para veres quem manda aqui”, o que era basicamente a rua inteira.
Já eu era toda uma espécie de treinadora de cães, fazendo uma serie de sons, ppxxit, eieiei, óóóóó, dando toques laterais à Cesar Millan depois de ver 495 episódios, verbalizando o famoso “senta”, e na realidade não obtendo resultado nenhum porque elas estavam verdadeiramente a maribar-se para o que eu dizia. Afinal, todo o mundo neste momento era um parque canino. Pior do que isso era cada vez que se cruzavam com outro cão. A minha cadela sempre armada em arruaceira, só lhe faltava a naifa para mostrar quem é que mandava ali no bairro, “Mas afinal tu moras onde pá? Vai verter líquidos para a tua porta!”
As minhas cadelas não podiam ser mais diferentes, uma é
completamente tresloucada, manda vir com tudo e todos. A outra só quer é colo
humano e foge da maioria dos cães.
Basicamente são ambas anti-canino-sociais.
Mas voltando à minha nova arte, como ainda não estava satisfeita com a minha veia de encantadora de cães, decidi que iria ser tosquiadora!! Ahahah! 😆😆 Desta é que não estavam à espera!! Sim! Levei as cadelas para a varanda num dia de vento, peguei na máquina de rapar o cabelo e...
“O que é que acabei de fazer???” 😱😱😱😱😱
Assim que a máquina passou pelo pêlo a primeira vez,
percebi que já não havia volta a dar e elas iam ficar a parecer que tinham uma
doença de pele. Os pêlos voavam por tudo quanto era lado (má ideia Leo, na
banheira poderia ter corrido melhor), de tal ordem que quando achei que era
melhor não continuar, eu é que tive que ir tomar banho. Só para saberem que ficaram semi tosquiadas, uma nova moda criada por mim... Não desfazendo, cheia de ideias eu... 😄
Assim sendo, elas continuam anti-canino-sociais, ainda que
menos porque já não há rabos novos para cheirar, e prefiro pagar a quem sabe
para elas estarem lindas e cheirosas.
Continua...
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Leónia Porto
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