25 de Novembro - A história da princesa
foto retirada da internet |
Era uma vez uma menina com um sonho...
... viver o conto de fadas, um casamento perfeito, filhos para amar e uma carreira promissora.
Cresce e encontra o príncipe. A relação é maravilhosa. Tudo o que sempre sonhou.
Até ao dia em que é agredida pela primeira vez.
Mas tudo passa. É normal os casais terem arrufos. Ele mostra-se arrependido e fazem amor intensamente.
Têm filhos.
E com o passar dos anos a agressão física passa a chamar-se tareia. A agressão psicológica deixa a princesa deprimida. O prazer físico desaparece. E isso despoleta mais ira. Mais agressões.
E o final desta história??
Bem, como todos sabem, pode acabar em morte física. Mais na maioria dos casos o que morre é a alma. Aquela princesa deixa de sentir. Sobrevive sem que ninguém repare como é "fraca".
Ela sente-se mesmo assim. Porque não tem força. Porque não é capaz.
Quantos sabem de histórias como esta?
Ou que a estão a viver neste preciso momento?
Todo e qualquer tipo de violência é um acto de desespero. Sim, desespero por poder. Por necessidade de se sentirem mais fortes e mais capazes. Infelizmente esse é o acto de maior cobardia. De maior fraqueza.
A expressão física de força que representa problemas emocionais e psicológicos.
Visitei o site da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vitima) e estive a ver as estatísticas relativas a 2013.
Num ano houve um aumento de mais de 11 mil processos. Houve mais de 37 mil atendimentos, sendo que 20 mil resultaram em crime!!!
E sim, a violência domestica representa mais de 80% dos crimes!
E sim, em 8,733 casos, 82% eram sobre pessoas do sexo feminino!
E sim, a vitimação continuada, sobre mulheres com estudos superiores, empregadas, casadas e com filhos correspondia a 74% dos casos!
E sim, em 82,3% dos casos, o autor do crime era do sexo masculino.
Ora, esta história podia ser a tua ou a minha, eu cresci a conhecer vitimas de violência domestica. E também cresci a sonhar com o príncipe encantado.
Só que no meu sonho este príncipe respeitava as mulheres.
Tive sorte.
Ou talvez o meu destino tivesse que se cruzar com o do meu príncipe.
Infelizmente também ele assistiu de perto a violência domestica e optou por respeitar as mulheres.
Como eu digo muitas e muitas vezes, homens e mulheres são diferentes. Aceitem isso.
O que não significa que a mulher tenha que ser submissa ao homem ou vice-versa.
Numa relação há que encontrar o equilíbrio, ambas as partes respeitam a personalidade de cada um e sim, há cedências que ambos fazem.
Cedência não significa submissão. Significa que damos espaço a nós mesmos para que entre uma nova perspectiva.
E quando isso acontece, os nossos filhos crescem num lar saudável e serão concerteza adultos saudáveis.
Denunciem!
Não permitam que o medo domine o vosso caminho!
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(Eu queria ter posto fotos de hematomas que resultaram de agressões, mas a grande maioria são de rosto, porque são mais chocantes. A verdade é que na maioria dos casos as agressões são pensadas e não são visíveis. Entre as dezenas de fotos, muitas são também de homens contra homens, mulheres contra mulheres e de crianças. São extremamente chocantes e por esse motivo optei por não colocar.)
foto retirada da internet |
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